31.5.12

Bissau: uma visão sombria

Numa iniciativa conjunta da Sociedade de Geografia e da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, o antigo embaixador Francisco Henriques da Silva apresentou hoje em Lisboa, durante uma palestra de 40 minutos, uma visão sombria da Guiné-Bissau como Estado falhado ou o primeiro narco-estado da História. O poder militar é totalmente autónomo, naquele país onde ao longo de 38 anos se verificaram 10 golpes de estado ou tentativas dos mesmos, destacou o diplomata e historiador, que na Guiné esteve tanto como oficial do Exército como como representante de Portugal (de 1997 a 1999). Não existe ali uma verdadeira estrutura administrativa, proliferam as redes criminosas, a pobreza é endémica e o analfabetismo grande, observou Francisco H. da Silva, de 67 anos, que pormenorizou a existência de 30 etnias para um espaço de apenas 36.000 quilómetros quadrados, onde a islamização está a crescer. Os acontecimentos de Abril último confirmaram a ingovernabilidade da Guiné-Bissau, disse o orador, que referiu tratar-se de um dos países mais pobres do mundo e onde o tribalismo tem muita força. "A Unidade Cabo Verde-Guiné foi um mito que se desfez como um baralho de cartas", considerou Francisco H. da Silva, perante meia centena de pessoas, entre as quais oficiais das Forças Armadas e diplomatas, como Leonardo Mathias. "Assiste-se à violação dos direitos humanos por todos os lados. Isto veio para ficar", prosseguiu o antigo embaixador em Bissau, numa "visão muito, muito sombria" dos acontecimentos. À disposição de todos os participantes na sessão, no salão nobre do Palácio da Independência, esteve uma cronologia dos factos e acontecimentos políticos mais marcantes dos últimos 49 anos da História guineense, desde a chamada luta de libertação nacional travada de 1963 a 1974.

Bissau: o projecto da Bauxite

As operações geológico-mineiras da Bauxite Angola, S.A. na Guiné-Bissau centram-se na zona de Boé, região sudeste do país, a cerca de 240 km de Bissau, e consistem na prospecção e exploração de bauxite para posterior processamento antes de qualquer processo de exportacao. A região de Boé possui 9 jazigos de bauxite, 6 dos quais são de importância relevante, dadas as suas reservas medidas e os seus elevados teores. Os estudos realizados comprovam existirem reservas provadas da ordem de 113 milhões de toneladas de bauxite e mais 100 milhões de toneladas da categoria de reservas inferidas. Estimando uma produção de cerca de 2 milhões de toneladas ao ano, a vida útil das reservas provadas seria de cerca de 56 anos. Estima-se o arranque da reavaliação geológica em Dezembro de 2008, após o fim da estação das chuvas. Tendo em conta a urgência de que se reveste o arranque das operações, pretende-se preparar condições para que a mina inicie uma exploração piloto no 1º semestre de 2011, antes de entrar em produção à escala industrial. Fonte: Bauxite Angola

Bissau: Angola ainda está

BISSAU, May 29, 2012 (AFP) – The withdrawal from Guinea-Bissau of Angolan soldiers, whose presence was cited as the reason for an April coup, has been postponed, a military source told AFP on Tuesday. The 600-strong military mission “will stay a few more days or maybe even weeks,” an officer with the Guinea-Bissau military said on condition of anonymity. “It is not easy to withdraw a contingent of several hundred men,” the officer said, adding that the soldiers would eventually leave as planned. The west African ECOWAS bloc said earlier that the Angolan troop withdrawal would begin on Tuesday. The Guinea-Bissau army staged a coup in the notoriously unstable country on April 12, saying it did so because of an alleged secret military deal signed by the government with Angola, a fellow ex-Portuguese colony. ECOWAS had deployed 600 troops to Guinea-Bissau to replace the Angolans and keep order in the country during a one-year transition until fresh elections are held, with the last batches arriving in the country on Sunday. aye/tmo/yad/ch via Guiné-Bissau Docs (2988).

50 anos de cadeia para Charles Taylor

Liberia's ex-President Charles Taylor has been sentenced to 50 years in jail by a UN-backed war crimes court. Last month Taylor was found guilty of aiding and abetting rebels in Sierra Leone during the 1991-2002 civil war. Special Court for Sierra Leone judges said the sentence reflected his status as head of state at the time and his betrayal of public trust. Taylor, 64, insists he is innocent and his lawyer has told the BBC he will appeal against the sentence. Continue reading the main story “ Start Quote While Mr Taylor never set foot in Sierra Leone, his heavy footprint is there” End Quote Judge Richard Lussick In Sierra Leone, where victims of the war gathered in silence to watch the hearing on a large screen in a courtroom in the capital, Freetown, the sentence was welcomed. The chairman of the country's Amputees' Association, Edward Conteh, told the BBC's Focus on Africa programme it came as a "relief" as Taylor was likely to spend the rest of his life in jail. "It is a step forward as justice has been done, though the magnitude of the sentence is not commensurate with the atrocities committed," AP news agency quotes Deputy Information Minister Sheku Tarawali as saying. 'Heinous crimes' Taylor, wearing a suit and yellow tie, showed no emotion during the hearing. "The accused has been found responsible for aiding and abetting some of the most heinous crimes in human history," Judge Richard Lussick said. BBC

30.5.12

Bissau: em que é que ficamos?

Os ex-dirigentes da Guiné-Bissau que se encontravam refugiados na sede da União Europeia em Bissau regressaram às suas casas onde se estão a receber visitas de familiares e amigos, constatou a agência Lusa. Na manhã de hoje, dezenas de pessoas entraram e saíram da casa de Adiatu Nandigna, ministra da Presidência do Conselho de Ministros no Governo deposto e que desde terça-feira À noite se encontra na sua residência. Além de Adiatu Nandigna, também abandonou as instalações da União Europeia Desejado Lima da Costa, presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), que se encontra igualmente na sua residência desde terça-feira. Desejado Lima da Costa explicou à Lusa que regressou a casa depois de ter estado, desde o golpe de Estado de 12 de abril, refugiado na sede da União Europeia em Bissau. E disse não entender porque é que há notícias de órgãos de comunicação social estrangeiros que o dão como estando preso, primeiro no Senegal, e depois na Gâmbia. A agência France Presse noticiou que Lima da Costa, Zamora Induta (antigo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas) e Fernando Gomes (ministro do Interior no Governo deposto) teriam sido presos na Gâmbia. Desejado Lima da Costa está em Bissau e fontes familiares e antigos colaboradores de Zamora Induta e Fernando Gomes disseram à Lusa que estes não se encontram detidos em nenhuma circunstância. LUSA

29.5.12

Bissau: violação dos direitos humanos

UNIOGBIS condemns in the strongest terms the use of force by members of Bissau Guinean security and defense forces on Friday, 25 May 2012, against a group of demonstrators concentrated in front of its premises while it was hosting a meeting of international partners accredited to Guinea Bissau. UNIOGBIS reminds that the right to freedom of assembly, expression and association is guaranteed in the national legislation as well as in the international conventions adopted / ratified by Guinea-Bissau, and that they should be strictly respected and protected by competent authorities. UNIOGBIS calls on the security and defense forces to ensure respect for the rule of law and for the fundamental rights and freedoms of all individuals, as a pre-condition for peace consolidation in Guinea Bissau. UNIOGBIS emphasizes that Security Council Resolution 2048 (2012) of 18 May had already expressed concern about reports of human rights violations, including with regard to the repression of peaceful demonstrations. Finally, UNIOGBIS reaffirms the United Nations' commitment to ensure that the human rights of all individuals in Guinea Bissau are respected, protected and promoted. Bissau, 28 May 2012

28.5.12

O narcotráfico nas Bijagós

Bissau, 09 Abr 2009 (Lusa) - O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) interino da Guiné-Bissau, Zamora Induta, afirmou hoje estar na posse de informações que indicam a existência de tráfico de droga no arquipélago dos Bijagós. Zamora Induta deslocou-se hoje a Bubaque, a capital do arquipélago dos Bijagós, para uma visita de algumas horas, e, citado pela rádio privada Galáxia de Pindjiguiti, disse ter constado que há negócio de drogas nas ilhas. "Está a ser praticado nas ilhas, há informações nesse sentido, o tráfico de drogas. Viemos aqui pessoalmente para verificar o que realmente se passa", disse o CEMGFA interino guineense. "Agora vamos ver o que se passa de concreto e só depois tomar medidas", adiantou Induta. O chefe militar disse que foi a Bubaque na sequência da denúncia pública feita recentemente pela ministra do Turismo, Lurdes Vaz, sobre a alegada perseguição de militares a operadores turísticos nas ilhas Bijagós. Lurdes Vaz referiu que soldados estacionados em Bubaque e nas outras ilhas dos Bijagós praticam cobranças de taxas inexistentes e não deixam trabalhar os operadores turísticos, na sua maioria franceses. "Viemos aqui (Bubaque) para verificar 'in loco' o que se passa em relação às denúncias da Ministra do Turismo, mas acabámos por verificar que há situações muito preocupantes sobre coisas que estão a acontecer nas ilhas", destacou Zamora Induta, referindo-se ao alegado tráfico de droga nas ilhas Bijagós. O arquipélago dos Bijagós é constituído por cerca de 90 ilhas, das quais apenas umas duas dezenas são habitadas. ----- Menos de um ano depois de ter denunciado o narcotráfico nas Bijagós, Zamora Induta foi derrubado pelo general António Indjai e pelo almirante Bubo Na Tchuto. Falara de coisas que não devia falar.

Bissau: negociatas transcontinentais

Bissau, Guiné-Bissau, 23 Jul – O interesse da Geocapital, de Stanley Ho, em ter um banco na África de língua portuguesa era há muito conhecido mas, sem sucesso nas primeiras abordagens a Angola e Moçambique, o “rei” do jogo de Macau chegou agora à Guiné-Bissau. A “newsletter” Africa Monitor avança que a Geocapital comprou 60 por cento do Banco da África Ocidental (BAO), onde terá entre os seus associados o empresário guineense Carlos Domingues Gomes. Do capital do BAO saem Montepio Geral e Banco Efisa, duas instituições financeiras portuguesas, e ainda Sequeira Braga e Carlos Gomes Júnior, político e ex-primeiro ministro da Guiné-Bissau, além de empresário. O banco guineense, de acordo com a mesma fonte, é dos poucos bancos comerciais a operar no país, e tem a mais-valia de poder ser utilizado na expansão para outros países da região. Isto porque, à luz dos acordos existentes, está autorizado a abrir sucursais nos países-membros da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) – Benim, Burkina-Faso, Costa do Marfim, Mali, Níger, Senegal e Togo. Este é o segundo negócio de monta conhecido à Geocapital na Guiné-Bissau, depois da concessão de um complexo turístico com casino na ilha Caravela, no arquipélago dos Bijagós, considerada Reserva Ecológica Biosférica pela UNESCO. Stanley Ho chegou a apresentar em Cabo Verde um projecto semelhante ao almejado para os Bijagós, de hotel e casino, mas este não foi aprovado pelas autoridades, que invocaram reservas quanto ao local escolhido, um ilhéu fronteiro à capital, Praia. O complexo da ilha Caravela foi objecto de uma visita a Bissau de Almeida Santos, o advogado e ex-presidente da Assembleia da República portuguesa, que tem surgido ao lado de Ho e da Geocapital noutras “frentes”, nomeadamente em Moçambique, onde a “holding” tem importantes projectos no Vale do Zambeze. Antes da concretização do negócio na Guiné-Bissau, a Geocapital já tinha tentado a abordagem aos mercados financeiros de Moçambique e Angola. No caso angolano, a empresa virada para investimentos na África de língua portuguesa terá travado o investimento na criação do Banco Angolano de Negócios e Comércio (BANC) depois de lhe ter sido recusada a atribuição de uma licença de exploração de jogo, segundo adianta o Africa Monitor. Em concreto, a Geocapital pretendia autorização para explorar um casino no novo hotel de cinco estrelas “Rosa Linda”, empreendimento cuja primeira pedra foi lançada em Junho. No BANC, a empresa de Stanley Ho e outros investidores tinha como parceiros influentes personalidades angolanas, como José Pedro de Morais e Kundi Paihama. Este último, militar de carreira, explora dois pequenos casinos em Luanda, nos hotéis Tivoli e Marinha. O projecto do BANC estava virado para a comunidade chinesa, prevendo a intervenção em investimentos no sector privado, através de concessão de crédito ou tomada de participações, um modo de funcionamento semelhante ao da linha de crédito criada pelo governo chinês para Angola. Em Moçambique, a Geocapital esteve perto da compra do Banco de Desenvolvimento e Comércio (BDC), relatando então a imprensa moçambicana que Almeida Santos, na condição de advogado da Geocapital, teria inclusivamente contactado o presidente moçambicano, Armando Guebuza, no sentido obter uma aprovação célere à operação, então dependente do Banco de Moçambique. Depois da ruptura das negociações e afastamento da Geocapital, os portugueses do Montepio Geral passaram os sul-africanos do First National para a frente no negócio. A Geocapital chega à Guiné-Bissau numa altura em que o país procura emergir de uma prolongada crise política, contando para já com importante apoio da comunidade internacional, nomeadamente da União Europeia e da China. Recentemente, a Guiné-Bissau recebeu o compromisso de ajudas num montante total de que supera 21 milhões de euros, da parte de cinco entidades diferentes, incluindo 4 milhões da China, que estabeleceu um protocolo de apoio financeiro com o país. Viu ainda o Fundo Monetário Internacional (FMI) prometer que vai tentar mobilizar “com carácter de urgência” 30 milhões de dólares, junto da comunidade internacional, para ajudar às necessidades imediatas e à reconstrução do país. O BAO deverá contar com forte concorrência do banco africano Ecobank, que recentemente começou a abrir sucursais na Guiné-Bissau. Esta instituição financeira firmou recentemente com o governo guineense um acordo que prevê que passe a receber os pagamentos efectuados nas alfândegas do país, que representam perto de 75 por cento das receitas fiscais. Esta associação tem em vista aumentar a colecta e introduzir maior transparência, rigor e disciplina no processo. (macauhub) Macauhub Julho 2007

Bissau: o mistério da ilha Caravela

"Acabei por não estranhar o mais recente investimento de Stanley HO, a compra de 60 por cento do Banco da África Ocidental (BAO), onde terá entre os seus associados o empresário guineense Carlos Domingues Gomes. "Este é o segundo negócio de monta conhecido à Geocapital(empresa de Stanley Ho) na Guiné-Bissau, depois da concessão de um complexo turístico com casino na ilha Caravela, no arquipélago dos Bijagós, considerada Reserva Ecológica Biosférica pela UNESCO. "O complexo da ilha Caravela foi objecto de uma visita a Bissau de Almeida Santos, advogado e ex-presidente da Assembleia da República portuguesa, que tem surgido ao lado de Ho e da Geocapital noutras “frentes”, nomeadamente em Moçambique, onde a “holding” tem importantes projectos no Vale do Zambeze. "Com todos estes investimentos, espero que a Guiné possa sair do clima de instabilidade que tem vivido desde 1998 e voltar a ser um local apetecível para todos os seus nacionais assim como, para o investimento estrangeito no país". Isto escreveu, há alguns anos, um enigmático blogger Ma Si Ka (ocidenteoriente.blogspot), no seu blog Ocidente Oriente Crónicas da Irmandade. -- Dá para, uma vez mais, chamar a atenção para os negócios de Stanley Ho e dos seus amigos portugueses em terras da Guiné-Bissau. Nomeadamente nas ilhas dos pobres Bijagós.

Nigéria: 326 milhões de habitantes

Uma grande parte da evolução da África Ocidental, durante as próximas décadas, vai depender da Nigéria, que tende a ser a quinta potência mundial, em termos populacionais, com uns previsíveis 326 milhões de habitantes, em 2050, segundo dados das Nações Unidas e de Washington. A Nigéria, um parceiro comercial da China, poderá em grande medida determinar, para o bem ou para o mal, a evolução de todo o espaço compreendido entre a Mauritânia e os Camarões. Da forma como ela conseguir gerir as relações entre civis e militares, entre muçulmanos do Norte e cristãos do Sul, entre centenas de etnias, umas maiores, outras menores, dependerá em grande parte o que vier a acontecer no Níger, no Togo e nos demais países da África Ocidental. A tendência dos militares para, ao longo dos anos, se terem aproveitado muitas vezes das fragilidades existentes entre os civis e um certo pendor para a corrupção marcaram muitas vezes os primeiros cinquenta anos de uma federação independente que aspira a ter um lugar de membro permanente no Conselho de Segurança da ONU. Agora, o Movimento de Emancipação do Delta do Níger (MEND), por alturas do Biafra de há quatro décadas, é mais uma das dores de cabeça do país, que rivaliza com Angola na primeira linha da produção de petróleo a sul do Sara. Já lhe têm chamado a maior democracia de toda a região, mas isso é apenas baseado no número dos habitantes e não na qualidade das instituições, que deixam a desejar, apesar de se elegerem os membros das assembleias estaduais, os governadores dos estados, os senadores, os deputados e os presidentes. A Nigéria ainda terá de provar se está ou não à altura das circunstâncias.---- Isto escrevi eu, há mais de um ano e meio, para o anuário Janus de 2011/2012, que só viria a ser publicado em finais do ano passado. Mas tanto este pequeno apontamento como o resto do trabalho efectuado a convite do Professor Doutor Luís Moita mantêm-se infelizmente actuais. Nomeadamente no referente aos tráficos que passam pela Guiné-Bissau e pelo Mali.

E depois de Mugabe?

Politics are fast becoming a heady mix of military muscle-flexing, metaphysics and Machiavellianism, especially the politicking of those who would succeed President Robert Mugabe. The President’s visible ageing is both a strength and a weakness: his experience and continuing sharp intelligence indicate ongoing protection by the ancestral spirits and caution against direct challenges. Yet his occasional public stumbles and frequent disappearances to Singapore for medical treatment give the lie to the assertion by some sycophants that he will not die but will metamorphose into a lion spirit – like the Kaguvi and Nehanda spirit mediums who mobilised the first resistance to British colonialists in the 1890s. The pretenders are growing bolder in putting down their markers, all the same. Africa-Confidencial.com

A liderança do ANC

The battle for succession in the African National Congress is getting nastier as its outcome looks more uncertain. Supporters of the main protagonists fight their battles, firstly within the ANC structures, then in the security services, the courts and the state broadcasting service. For months, the main contest was between national President Jacob Zuma, who seeks re-election as ANC President, and the party’s Deputy President, Kgalema Motlanthe. Now, the field is opening up, with Human Settlements Minister Tokyo Sexwale and business tycoon Cyril Ramaphosa emerging as serious contenders. Even long-term backers of Zuma now concede that he might not be able to finish a second presidency but argue that he is needed to steer the party through the next few troubled years. ANC traditionalists abhor such personality contests in the party and the contenders remain coy about their plans. The leadership contest doesn’t formally start until October and will be decided at the party’s elective conference in December at Mangaung (formerly Bloemfontein), capital of Free State. Of the three challengers, the gentlemanly Motlanthe looks the most committed; Sexwale and Ramaphosa could still strike a deal with the Zuma camp which could, on paper, leave them as heirs apparent in five years’ time. Africa-Confidential.com

27.5.12

Bissau: Zamora na Gâmbia

Former Guinea-Bissau armed forces chief Jose Zamora Induta has fled to a neighbouring country following the coup in his troubled country last month, officials said on Saturday. A local government official in Senegal said Induta, who had voiced fears for his life after another top military official was assassinated, had arrived with three other people in the Casamance region earlier this week and had since left for Gambia. The official said Induta and his unnamed companions had stayed in a hotel in the main Casamance town of Ziguinchor overnight Thursday and had left for Banjul the following morning, denying earlier reports they had been arrested. A Guinea-Bissau army officer said Induta had fled to Senegal along with elections commission chief Desejado Lima Da Costa and Fernando Gomes, who was interior minister in the government overthrown in the latest coup last month. He said all three had taken refuge in the European Union mission in the capital Bissau following the coup and had crossed the border into Senegal without authorisation. A diplomatic source in Bissau who is close to Gomes said he and Induta had reportedly already arrived in Gambia. Induta was ousted as military chief two years ago by General Antonio Indaj, considered the man behind the April coup, which was launched in between the first and second rounds of a presidential election. Induta sought refuge in the EU mission after the murder of former military intelligence chief Samba Djalo on the day of the first round vote on March 18. He was joined there by Da Costa and Gomes after the April 12 coup. The army vowed Wednesday to return to its barracks after transitional authorities formed a new government including a colonel who joined the coup but excluding the former ruling party. A regional peace force has also started deploying in the country -- which has become a hub for cocaine smuggling from Latin America to Europe -- in an attempt to help the transitional authorities stabilise it and organise elections in a year. AFP

Bissau: sombras chinesas

It took Beijing years to get its “old friend” back into fold, but in 1998 the Bissau government ditched Taiwan and restored full diplomatic ties with the PRC. Since then, the PRC has decided not to take any more chances with Guinea-Bissau and has steadily expanded its presence in the country – despite the fact that China has hardly any immediate economic interests at stake. China’s initial objective is to engage Guinea-Bissau to the furthest extent possible in order to minimize the possibility of a Taiwanese return. Beijing aims at completely eradicating the Taiwanese influence, and particularly any diplomatic or political presence, from the Portuguese speaking world. This is consistent with China’s overall policy of isolating Taiwan to the further extent possible. Over the longer term, China may gain access to important oil reserves, if Guinea-Bissau’s hopes for major discoveries pan out. Restoring ties with Guinea-Bissau was an important win for China, and in the years since, the PRC has intensified its efforts to isolate Taiwan worldwide, targeting Taipei’s most committed and long-time supporters, such as the central America sates who had been loyal to Taiwan for decades. In June 2007, Costa Rica, after 58 years of relations with Taiwan, finally abandoned its old friend and established diplomatic ties with China. In the Portuguese-speaking world, China has succeeded in isolating Taiwan from all but one of the eight of members of the Cumunidade dos Paises de Lingua Portuguesa (CPLP, Community of Portuguese-Speaking Countries), and judging by Beijing’s continuous efforts in relation to Africa’s tiny Sao Tome and Principe, it may be just a matter of time before Taiwan is completely pushed out of the lusophone world. In order to prevent a return of Taiwan to Guinea-Bissau, and to preserve its hard-won victory there, China has launched a major aid effort in the country. At the same time, it is emphasizing that its “sincere and friendly help” will be a long term commitment. This approach should assure that Taipei does not stage a comeback through its “check book diplomacy.” In November 2006, China announced it was going to fund the construction of a massive dam in Guinea-Bissau, 200 kilometers from the capital Bissau at a cost of $60 million. The Ceba River dam, the first such structure in the country, will be vital to sustaining Guinea-Bissau’s agriculture-based economy and meeting its future energy needs. Other major infrastructure projects include a deep water port in Buba, to be the country’s largest such facility, the rehabilitation of Guinea-Bissau’s two main highways, and the construction of a bridge over the Farin River. As in other African countries, the PRC has also funded very visible and symbolic buildings that greatly contribute to enhancing its prestige and visibility as a major player. Under its ajuda amigavel e gratuita (free and friendly help) assistance program, China has offered to build the national parliament building, rehabilitate the presidential palace that was damaged during the 1998 civil war, and construct a six-story central government building, the largest project in the capital. Beijing is also putting up a 1000-unit public housing project. In August 2007, funding was announced for additional construction, including a justice palace and the rehabilitation of schools and health facilities. Other assistance includes the provision of 100 scholarships for local students to attend Chinese universities, and $400,000 in humanitarian assistance to the northern areas of the country along the border with Senegal, where a significant refugee problem still remains as a result of the civil war. A 2,000 ton gift of Chinese rice was much welcomed in view of the exorbitant price of the staple crop in the local market. It allowed the regime to address the most basic immediate needs of the population while buying vital time for further shipments to arrive. This Chinese gesture may have prevented serious civil unrest, and it certainly enhanced China’s image in the eyes of the government and people. In August 2007, this first rice shipment was followed by an even larger one of 30,000 tons. To help stimulate Guinea-Bissau’s economy, China has exempted 442 of its products from Chinese tariffs. Beijing has provided funds for direct budget assistance to Guinea-Bissau, including a $4 million donation to assist the government in paying delayed salaries to its civil servants and $1.2 million donation to help the country host the CPLP heads of state summit in Bissau in July 2005. China has also assisted Bissau with some of its diplomatic representation expenses in Beijing by providing its diplomatic mission with vehicles and office equipment. Large numbers of public servants and some military officers are expected to head to the PRC for training, and the numbers of Chinese assistance personnel in Guinea-Bissau are expected to increase, particularly in the areas of agriculture, health and fisheries. The health sector is another area where China has provided useful and much needed assistance. In addition to sending medical teams, a crucial gesture considering the country’s limited numbers of doctors, the PRC has given medical supplies and equipment. China’s main health project is the rehabilitation of the Canchungo regional hospital, 70 kilometers from the capital, at a cost of $3.5 million. In 2006, Guinea-Bissau become the first country to sign a deep water fisheries agreement with China, opening the door for large numbers of Chinese fishing vessels to operate in its Exclusive Economic Zone (EEZ). Currently there are at least six Chinese vessels working offshore, including two large freezer ships. The fisheries agreement has raised some concerns among environmentalists due to the unique nature of the country’s coastal ecosystem. The region of greatest concern is the Bijagos archipelago, which UNESCO has declared a Biosphere Ecology Reserve.. Environmentalists worry that the Guinea-Bissau navy will be unable to monitor the large numbers of Chinese fishing vessels expected to be eventually deployed. Currently the country possesses just two patrol boats at an uncertain state of operational readiness to cover a 350 kilometer coastal area with 80 islands and reefs. In order to dispel concerns, China has offered to assist the country’s navy by providing patrol vessels, communication equipment, and training. Other defense-related assistance includes the rehabilitation of the main military hospital, the construction of a residential area for military officers, and the repair of various military installations damaged during the civil war. However, it is the oil sector that seems to be of greatest interest for both China and Guinea-Bissau. Since the last years of Portuguese colonization, there have been numerous reports of significant oil reserves along the coast. In the 1960s and 1970s, various French and American oil companies were reported to have approach the Portuguese government for oil concessions. However, the fascist and isolationist Portuguese government of the day, with economic policies that had made Portugal the poorest nation in Western Europe, resisted such moves. Today, Chinese experts are expected to start major seismic studies and other tests shortly to fully assess the true potential of the reported oil reserves. Like the deep fisheries agreement, the oil exploration plans have raised environmental concerns, and there are fears that some of the areas where reserves may be located are too close to the Bijagos. If significant oil reserves are indeed found in or near the Bijagos, will an impoverished Guinea-Bissau be able to resist the temptation to drill? Or will it choose to protect its environment and one of he world’s natural treasures? This remains to be seen. While most Chinese investment in Guinea-Bissau is through enterprises linked to the Chinese government, some major Chinese private investors are beginning to take notice of the country’s potential. Macao casino tycoon Stanley Ho has invested in a casino on Caravela Island in the Bijagos archipelago. One may wonder about the wisdom of building a casino in a UNESCO-protected area and about the benefits of building casinos generally in one of the world’s poorest nations. Another major investment by Ho was the purchase of a 60% stake in Guinea-Bissau’s only viable bank, the Banco da Africa Ocidental (BAO). It is perhaps worth noting that Beijing’s increasing commitment in Guinea-Bissau comes at a time when the United States has significantly reduced its presence. The State Department describes U.S.-Guinea-Bissau relations as “excellent,” but the U.S. embassy was closed in 1998 during the civil war and has not reopened. Guinea-Bissau has no embassy in Washington. The mutual lack of official representation in the two capitals is regrettable, particularly in view of the growing importance of Guinea-Bissau as a transit point for the narcotics trade from Latin America to Europe. The issue may well become a source of contention between Washington the European Union (EU) on the one hand, and Bissau on the other. Some observers have argued that Guinea-Bissau can now be described as a narcostate, with officials at the highest levels believed to be involved in the illicit drug trade. This fact has been admitted by the Bissau government itself, with the minister of interior acknowledging that senior military officers have participated in the trade. However, this acknowledgement may represent just the tip of the iceberg, since many observers believe that high officials beyond the military are also involved. If both Washington and the EU put pressure on Guinea-Bissau to stop the narcotics flow into Europe and beyond, as seems likely, what will be the impact on the country’s relations with the PRC? Beijing seems to be very aware of the endemic narcotics problem facing Bissau and believes it to be a manageable risk that will not affect its overall objectives. China is most likely to adopt its usual line that it does not interfere in the domestic affairs of other counties and continue business as usual, just as in the case of Burma. Loro Horta Centro de Estudos Estratégicos Internacionais, 5 de Outubro de 2007

Bissau: a boa gente de Macau

It is the smallest nation in continental Africa and does not have it’s troubles to seek, but for one Macau investor Guinea Bissau presents a ground-breaking opportunity Think Guinea Bissau and the first thing that usually comes to mind is political instability, poverty and a lack of infrastructure. Little wonder then that many entrepreneurs will not even consider investing in the smallest nation in continental Africa. Macau developer John Lo is an exception. After building a small real estate empire, he turned his attention to the tiny west African country which he saw as a strategic location for the development of trade and investment. In 2001, he opened a business with the former Portuguese colony, focusing on the import of cashew nuts, wood and rice. Now he wants to expand and invest more than 10 million patacas in a hotel and a shopping mall development. In March 2008, Mr Lo and his associates found a suitable property in the Guinean capital, Bissau, where they want to create a five-star hotel with 80 rooms. The plan is to offer accomodation and services for business people who travel to Bissau and have very limited options. Despite the apparently business-unfriendly environment in Guinea Bissau at present, Abdul Omar, a senior consultant for Mr Lo’s company, Excelente International Group said: “There are great possibilities for business.’’ First, unlike other African countries, Guinea Bissau’s currency, the West African Franc, is very stable. In addition, the country has a large supply of mineral resources, such as wolfram and aluminium. “The land is also very fertile and we are eager to help to develop the agricultural sector,’’ says Mr Omar, adding: “John has been strengthening the links with Guiena Bissau and Guineans in Macau. Last year he sponsored the creation of the Association of Guineans in Macau and offered scholarships to Guineans who are studying in Macau. He has also been active in donating money and goods to charity organizations working in the country.’’ Mr Omar said Excelente International Group wants to widen investments and trade in the future and after the hotel, Mr Lo will pursue another dream: to invest with a local partner in a domestic airline company. Good relations with the country’s president Nino Vieira can open doors but, as Mr Omar adds: “In Africa we need to be patient when it comes to businesses.’’ by Jose Carlos Matias macaubusiness.com

Sonangol, Kundi Payhama e Stanley Ho

2008-06-23 Fonte:macauhub Lisboa, Portugal, 23 Jun – A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) e investidores angolanos terão a maioria do capital da Geopactum, a “joint-venture” com a Geocapital, "holding" que está ainda a negociar com a petrolífera estatal angolana a entrada no Banco Privado Atlântico. Depois de em Janeiro deste ano a "newsletter" Africa Monitor ter avançado que a Geocapital, "holding" para investimentos nos países de língua portuguesa dos empresários Stanley Ho e Ferro Ribeiro, ultimava uma parceria com a Sonangol para alavancar a sua presença em Angola, esta semana soube-se que o Banco Privado Atlântico, controlado pela petrolífera, terá em breve capital de Macau. "As negociações (sobre o BPA) estão em curso e o negócio pode ser concretizado a qualquer momento", disse ao português Diário Económico o empresário Ferro Ribeiro. O BPA é parceiro em Angola do Millennium Bcp, o maior banco privado português, que por sua vez conta com a Sonangol e Stanley Ho entre os seus maiores accionistas. Nas declarações ao jornal português, Ferro Ribeiro adiantou que a Geocapital vai tornar Macau num pólo de captação de investimento asiático nos países de língua portuguesa em África como a Guiné-Bissau, onde a "holding" já tem presença no sector financeiro, ou em Moçambique, onde na semana passada concretizou a criação do Moza Banco. "Vamos identificar as oportunidades de investimento mais interessantes em Moçambique e depois procurar estruturar operações em parceria com investidores internacionais, sobretudo de Macau, Hong Kong e China, com os quais nos sentimos mais à vontade", adiantou Ferro Ribeiro. Tal como no recém-criado banco moçambicano, na Geopactum a maioria do capital será local, angolano. "Esta empresa será detida a 51 por cento por entidades angolanas e a 49 por cento pela Geocapital e vai desenvolver projectos nos sectores financeiro e energético", adiantou o empresário da "holding", que ainda este mês anunciou a intenção de investir perto de 40 mil milhões de dólares, até 2018, na produção de biocombustíveis na África lusófona. A parceria entre a Geocapital e a Sonangol representou uma inflexão na estratégia inicialmente delineada para entrar no mercado angolano. Antes da parceria com a petrolífera estatal e agora preponderante actor do sector financeiro, a Geocapital surgiu em Angola ligada ao BANC, de Kundi Paihama, onde deveria assumir uma participação de relevo, segundo a "newsletter" Africa Monitor. Esta instituição financeira estava vocacionada para a comunidade chinesa, prevendo a intervenção em investimentos no sector privado, através de concessão de crédito ou tomada de participações. A aproximação entre as duas partes deu-se no final do ano passado após, uma viagem a Luanda pelo presidente da Geocapital, Jorge Ferro Ribeiro. A "holding" de Macau deu o primeiro passo no sector financeiro da África de língua portuguesa na Guiné-Bissau, onde comprou em meados de 2007, aos portugueses do Montepio Geral, 60 por cento do capital do Banco da África Ocidental (BAO), onde Ho e Ferro Ribeiro terão entre os seus associados o conhecido empresário guineense Carlos Domingues Gomes. Apesar da pequena dimensão do mercado bancário guineense, o BAO apresenta a mais-valia de estar autorizado a abrir sucursais nos países-membros da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) – Benim, Burkina-Faso, Costa do Marfim, Mali, Níger, Senegal e Togo.

Sérgio Vieira, Stanley Ho e Almeida Santos

No Gabinete do Plano do Zambeze (GPZ), dirigido pelo coronel na reserva Sérgio Vieira, parece ter havido um autêntico regabofe no ano de 2004. Os sinais são fortes e quem os dá fez trabalho sério. Num documento em nosso poder, é referido que o GPZ contraiu empréstimos de uma entidade, sem alvará para exercício dessa actividade, com a agravante de haver indícios de agiotagem. Também exageraram nos gastos com aluguer de viaturas e acabaram por lançar dados na sua contabilidade de forma irregular. A insofismável prova documental provém do Tribunal Administrativo (TA). A próxima entidade a apreciar os factos será a Assembleia da República, mas, provavelmente, fá-lo-á positivamente, no contexto global do Relatório e Parecer da Conta Geral do Estado de 2004. E se funcionar a mesma jurisprudência a que já nos habituaram, a Procuradoria Geral da República e o Gabinete Central de Combate à Corrupção acabarão por “dormir sobre leite derramado”. Sobre a tal questão dos empréstimos: o GPZ negociou dinheiro com uma entidade privada alegando que o fez “para fazer face, a problemas de tesouraria”. E, segundo o T.A., “pagou juros de 2% e 3% por mês, registados como execução na Contabilidade do Estado, sem coordenar com o Ministério do Plano e Finanças e o Banco de Moçambique”. A entidade privada a quem o GPZ pediu dinheiro é a “SOGIR, SARL”. A “Sociedade de Gestão Integrada de Recursos, sarl (SOGIR) não tem autorização do Banco de Moçambique para conceder empréstimos, mas, mesmo não estando licenciada, concedeu crédito e cobrou juros. Assim violou, flagrantemente, o disposto na Lei 15/99, de 1 de Novembro, que regula o estabelecimento e o exercício da actividade das instituições de crédito e das sociedades financeiras. Neste contexto, vem a propósito frisar que o receptor dos empréstimos, o GPZ, é dirigido pelo coronel Sérgio Vieira que, por sinal, até já foi Governador do Banco de Moçambique. Além dos empréstimos, o GPZ também é apontado pelo Tribunal Administrativo como tendo “despendido elevadas somas em aluguer de viaturas a três empresas, entre elas, de novo a mesma “SOGIR, SARL”. De um total de 53 viaturas que o GPZ alugou, 32 negociou com o “BIM Leasing”, em leasing, 7 com a “AVIS” e 14 com a “SOGIR, SARL”. O T.A. nada observou de especial sobre os outros alugueres. Comentou apenas em tom muito crítico o caso GPZ-SOGIR. Sugere que se passaram coisas estranhas. Fala em “custos administrativos que representam 50% da prestação mensal do aluguer” que o GPZ justificou no contraditório nos seguintes termos: “a Comissão de cerca de 50% do valor da prestação visa ressarcir a SOGIR dos custos administrativos e compensá-la da sua margem de intermediação”. Diz o T.A. que o GPZ acabou reconhecendo que “o recurso ao aluguer das viaturas foi mais oneroso para o Estado” do que outra solução. O GPZ justificou-se evocando “constrangimentos, na disponibilização atempada dos fundos orçamentais”. De resultados das análises efectuadas o TA diz a certa altura que detectou um pagamento à SOGIR em duplicado. O mesmo montante, mas, a quantia era modesta: trinta e dois milhões de meticais. A SOGIR é uma empresa que consta de um grupo que formou a ZambeCorp, uma joint-venture de que faz parte a GeoCapital e a Mozacapital a que estão ligados Stanley Ho – o magnata dos casinos do Macau, Almeida Santos, presidente do Partido Socialista português, no poder em Portugal e um outro empresário de origem cabo verdeana, Ferro Ribeiro. A joint-venture Zambicorp foi criada em Macau a 9 de Dezembro. Sérgio Vieira esteve lá. Stanley Ho também. (Celso Manguana) Fonte: Canal de Mocambique, 2006-02-10

Bissau: um narco-estado

O arquipélago dos Bijagós tem mais de 80 ilhas e fica a meio caminho entre um grande produtor de droga (a América Latina) e um grande consumidor (a Europa). Tendo em conta a geografia do terreno e a fraca vigilância, o arquipélago acaba por ser um local ideal para os traficantes de droga. A constante instabilidade política na Guiné-Bissau, a pobreza e a fraca economia do país fizeram com que o tráfico de droga se fixasse nos últimos anos. Estima-se que todas as noites cheguem, por avião, à Guiné-Bissau cerca de 900 quilos de cocaína. A esse número acresce a droga transportada pelo mar para as ilhas na costa guineense. De acordo com Virginia Comolli, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, ou IISS, “a Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo e deve muito do seu Produto Interno Bruto à produção e exportação de produtos agrícolas, sobretudo de castanha de caju. O tráfico de droga veio colmatar essa lacuna na economia guineense”. A Guiné-Bissau é tida como o “primeiro narco-estado da África Ocidental” e especialistas acreditam que altos dirigentes políticos e militares guineenses andarão de mãos dadas com traficantes há já algum tempo. Segundo uma publicação recente do IISS, pensa-se que o ex-presidente da Guiné-Bissau João Bernardo ‘Nino’ Vieira teria estado envolvido no tráfico de cocaína. Em 2010, a nomeação de Bubo Na Tchuto como chefe da Marinha foi criticada pela União Europeia e pelos Estados Unidos, que o tinham apontado como um “barão da droga”. VOZ DA´AMÉRICA

25.5.12

Bissau: as intervenções de Aguiar-Branco

O ministro da Defesa de Portugal, José Pedro Aguiar-Branco, descartou hoje o envio de uma nova missão militar para garantir a segurança da comunidade portuguesa na Guiné Bissau. «Tivemos uma missão que visou acautelar uma eventual necessidade de evacuar a comunidade portuguesa, caso houvesse risco, e essa força já foi objeto de retração. Neste momento, não está em cima da mesa uma nova intervenção das Forças militares portuguesas», afirmou à Lusa o ministro da Defesa, que se encontra no Rio de Janeiro. Aguiar-Branco informou ainda que discutiu a situação da Guiné Bissau com o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, durante a reunião realizada nesta quinta-feira, em Brasília. LUSA "Nova intervenção"? Mas houve alguma intervenção? Ninguém deu por nada. Apenas uma enorme despesa com uns navios que foram para o mar alto e com uns aviadores que passaram umas semanas numa unidade hoteleira da ilha do Sal.

Bissau: Nigéria chega; Angola continua

Bissau, 25 mai (Lusa) - Quarenta e quatro polícias nigerianos chegaram hoje à Guiné-Bissau para integrar a força da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) no país, na sequência do golpe de Estado de 12 de abril. A CEDEAO decidiu o envio de cerca de 600 polícias e militares para a Guiné-Bissau, que irão ajudar a manter a segurança no período de transição (um ano) e apoiar a reforma das forças de Defesa e Segurança da Guiné-Bissau. Paralelamente à entrada da força da CEDEAO, comandada pelo coronel Barro Gnibanga, do Burkina Faso, está prevista a saída das tropas da missão angolana (Missang), que ainda estão no país, desconhecendo-se a data de saída.

24.5.12

Angola presente em São Tomé

Em meados do mês de abril, o governo são-tomense anunciou a abertura da companhia aérea para a entrada da petrolífera Sonangol. Assim, a filial da empresa angolana, a Sonair, comprará 51% da STP Air. Este é apenas o mais recente capítulo da relação entre a Sonangol e São Tomé e Príncipe, um percurso que transformou a petrolífera angolana no principal ator nos setores estratégicos do arquipélago. Historicamente, sobretudo no final dos anos 70 e início dos anos 80, se considerado o protagonismo do governo de Margareth Thatcher, as teorias que apregoavam a separação entre Estado e economia ganharam os programas e as práticas políticas. Isto implicou considerar a necessidade de uma não intervenção estatal em setores que deveriam ficar a cargo da lógica do mercado. Consequentemente, em muitos contextos nacionais, o que antes era considerado estratégico e que deveria ficar sob o controle estatal, foi delegado para a iniciativa privada. No Brasil, por exemplo, o auge desta perspectiva foi atingido nos anos 90. No governo do então presidente FHC, as privatizações na área das telecomunicações se constituíram no símbolo da chamada “reforma do Estado”. Em alguns cenários, o tema da “reforma do Estado”, do afastamento do poder público no gerenciamento de empresas, podem ter contornos ainda mais relevantes. Em São Tomé e Príncipe, a questão em torno do Orçamento Geral do Estado, da dificuldade em garantir os recursos para a sua realização, talvez coloque as reformas como algo imperativo para um Estado supostamente incapaz de gerenciar setores importantes. Para se ter uma ideia do como se configura a questão orçamentária, cabe o exemplo dos dois últimos anos: em maio de 2011, Patrice Trovoada realizou uma série de viagens em busca de apoio financeiro para o Orçamento Geral do Estado. Na verdade, Trovoada estava em busca do próprio Orçamento do Estado, pois São Tomé e Príncipe seria capaz de garantir apenas 7% do orçamento. Além do Gabão e Nigéria, Patrice Trovoada buscou também o apoio do Banco Mundial. A ajuda e intermediação do BM, obviamente, dependia da elaboração de planos estratégicos para a economia. OBSERVATÓRIO DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

Problemas da Costa do Marfim

La situation sécuritaire en Côte d’Ivoire est préoccupante. La paix est certes de retour mais après 10 ans de rébellion et un assaut final qui ont mobilisé de nombreux combattants, la tâche est loin d’être aisée pour Alassane Ouattara. La faute, seulement à ces démobilisés de guerre dont les braquages constituent la seule source de revenu ? Pas si sûr. Abidjan bruissait de rumeurs de coup d’Etat pendant mon bref séjour. C’est que l’insécurité est devenue une épidémie et touche toutes les régions, jusqu’au plus haut niveau de l’Etat. Nous avons ainsi appris que la résidence du président ivoirien à Cocody a été attaquée par des assaillants vite repoussés par la garde présidentielle. Selon le quotidien, le « Nouveau Réveil » dans sa parution du samedi 12 au dimanche 13 mai 2012, le ministre Birahimu Ouattara, chargé des Affaires présidentielles (par ailleurs frère cadet du président ADO), a vu son cortège mitraillé à 30 km de Ferkessédougou, le mercredi 9 mai dernier. Inquiétant. Et que dire de ces incursions à l’Ouest du pays de miliciens pro-Gbagbo basés au Libéria ? Les coupeurs de route, quant à eux, font la pluie et le beau temps malgré les opérations musclées de la brigade anti-coupeurs du commandant Chérif Ousmane. Pas besoin de se triturer les méninges. Les coupeurs de route sont ces combattants qui n’ont pas été enrôlés dans l’armée et qui doivent « manger ». Le préfet de Ferkessédougou, Vasssikiri Traoré, a crevé l’abcès dans l’édition du samedi 12 au dimanche 13 mai 2012 de Fraternité matin : « En général, tous les coupeurs de route qui ont été pris sont à 80% des Ivoiriens, notamment des ex-combattants ou des jeunes qui ont été associés aux combats. Les autres sont des Burkinabè et des Maliens ». No comment ! De façon évidente, du succès de la réinsertion des ex-combattants, dépendront la quiétude et la sécurité des Ivoiriens. Mais, il n’y a pas que cela. La colère monte également chez des mercenaires recrutés pour soutenir les Forces républicaines de Côte d’Ivoire (FRCI) et qui attendent toujours la moitié des 10 millions de F CFA promis par Ouattara. S.F, un colosse de 36 ans A Abidjan, nous avons croisé un ex-combattant qui nous a déballé toute l’affaire. S. F, colosse de 36 ans et originaire de Bobo-Dioulasso, semble avoir été de toutes les batailles jusqu’à l’assaut final. Il faisait partie du coup de la Mercedes noire dont il a d’ailleurs gardé une séquelle au tibia. Aujourd’hui, il se dit déçu des autorités ivoiriennes pour lesquelles ils ont donné leur vie depuis 2002. N’ayant pas eu de place dans l’armée ivoirienne, il se retrouve clochardisé et ne peut plus s’occuper de sa famille sans le soutien de ses amis. Amers sont aussi ces jeunes Burkinabè qui attendent leur part du gâteau. Selon S.F, ils sont une centaine à avoir été recrutés. A la fin, seulement une quarantaine d’entre eux ont pu retrouver leur famille et parmi eux, certains sont devenus fous. A partir de Ouaga, ils ont essayé de faire passer le message aux autorités d’Abidjan. En réponse, ils auraient reçu 500 mille F CFA chacun d’un émissaire du président Ouattara alors qu’ils s’attendaient à 5 millions de F CFA. Est-ce une promesse non tenue ou le fameux émissaire avait des mains aimantées ? Ce qui est sûr, leur mécontentement n’augure rien de bon, surtout si ces mercenaires se décident à tout « balancer ». Faut-il craindre aussi pour la situation au Burkina, surtout avec ces milliers de militaires radiés ? Selon S.F, des soldats burkinabè étaient bien en Côte d’Ivoire et certains y ont laissé leur vie. Nous avons pu visionner dans son téléphone une vidéo montrant des corps présentés comme étant ceux de militaires burkinabè. S. F qui les connait bien, par leur grade et leurs noms (puisqu’ils combattaient dans la même unité), avait la gorge nouée en évoquant les faits. Les images sont, en effet, insoutenables. Pire, celui-ci croit savoir que c’est un règlement de comptes parce que visiblement, l’un des soldats, un adjudant, avait un train de vie insultant et sa luxueuse voiture a été retrouvée plus tard à Abidjan. 300 soldats pour la sécurité de Soro Guillaume Soro, en quittant la Primature pour le perchoir à l’Assemblée nationale, a amené avec lui sa garde prétorienne, soit quelque 300 hommes du Groupement autonome de sécurité du Premier ministre (GASPM). L’information a été révélée par la « Lettre du continent », dans sa parution de mai 2012. Ces éléments sont chargés d’assurer la protection des nouveaux bureaux de Guillaume Soro Et que dire de la sécurité de Alassane Ouattara ? La « Lettre du continent » l’a qualifiée de sécurité XXL. ADO vient d’intégrer, dans son cabinet, un général français qui s’occupera des questions de sécurité P.S Dayang-ne-Wendé P. SILGA (De retour d’Abidjan)

23.5.12

ONU curva-se perante Ouattara

Le Président de la République, S.E.M. Alassane OUATTARA, ce lundi 21 mai 2012, a eu une séance de travail avec la délégation des 15 pays membres du Conseil de Sécurité de l'ONU, arrivée en Côte d'Ivoire hier dimanche 20 mai 2012. Faisant le point de la rencontre qui a duré environ 1h30 mn, l'Ambassadeur du Togo auprès des Nations Unies, S.E.M. Menan KOJO, Co - Porte-parole, a indiqué que la délégation onusienne a eu l'occasion de constater depuis son arrivée, les ''efforts'' faits dans le pays en matière de '' paix, de sécurité et de développement''. Elle a également échangé sur les défis importants à relever et pour lesquels le Conseil de Sécurité de l'ONU a noté un ''engagement ferme'' des autorités ivoiriennes. Dans le même ordre d'idées, S.E.M. Gérard ARAUD, Ambassadeur de la France à l'ONU, également Co - Porte-parole, a souligné que leur présence à Abidjan est une ''manière d'exprimer l'amitié et le soutien'' des Nations Unies au peuple ivoirien qui a connu une grave crise ayant occasionné des milliers de victimes. Il a ajouté que le Conseil de Sécurité est venu en Côte d'Ivoire pour féliciter les autorités ivoiriennes avec à leur tête le Président Alassane OUATTARA, engagées aujourd'hui dans la reconstruction ''physique'' mais aussi ''morale'' du pays. Le Diplomate a révélé que les discussions avec le Chef de l'Etat ont aussi porté sur la Justice pour les nombreuses victimes, la réconciliation nationale, la sécurité et la démobilisation des miliciens. Poursuivant, il a affirmé que la délégation onusienne est en Côte d'Ivoire pour demander aux autorités ce qu'elles attendent d'elle. Pour finir, S.E.M. Gérard ARAUD a dit toute ''l'admiration'' du Conseil de Sécurité aux autorités ivoiriennes pour la ''manière et le courage avec lesquels elles se battent pour sortir le pays de la crise, avec dignité''. Le Ministre d'Etat, Ministre Affaires Etrangères, M. Daniel Kablan DUNCAN, a, au nom du Président de la République, traduit la reconnaissance du gouvernement et du peuple ivoiriens aux Membres du Conseil de Sécurité et les a salués pour ''la qualité de leur écoute''.

Bissau: as fraquíssimas sanções da ONU

Estrasburgo, França, 23 mai (Lusa) -- O eurodeputado Paulo Rangel (PSD) defendeu hoje um aumento da pressão internacional sobre a Guiné-Bissau, nomeadamente agravando as sanções, para impor o regresso à normalidade democrática na Guiné-Bissau. "Não era difícil que a União Europeia, e que a própria comunidade internacional, através do Conselho de Segurança da ONU, tivessem sanções mais fortes e pudessem, de facto, obrigar a reposição da legalidade", sublinhou Paulo Rangel, que falava hoje num debate sobre a Guiné-Bissau, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo. "Os guineenses estão esquecidos", disse o eurodeputado, sublinhando que o país está "num ponto cego, que ninguém vê".

Bissau: a rebelião de Ansumane Mané

7 de Junho de 1998 - O brigadeiro Ansumane Mané, um mandinga afastado de chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, reage às tentativas que são feitas para o desarmar e entra em rebelião aberta contra o Presidente da República, o papel João Bernardo Vieira (Nino). 8 de Junho - O confronto entre os revoltosos e os fiéis a Nino Vieira já se saldava ao fim do segundo dia em dezenas de mortos, havendo a convicção de que os dois campos se encontravam com forças equiparáveis. 9 de Junho — Largas centenas de soldados do Senegal e da República da Guiné (Conacri) entram em Bissau, a fim de ajudarem Nino Vieira a dominar a revolta, que aparentemente seria muito mais grave do que nas primeiras 24 horas se tinha acreditado. 11 de Junho — O cargueiro português “Ponta de Sagres” retira de Bissau mais de 2.000 cidadãos de numerosas nacionalidades. O mundo compreendia finalmente que estava perante uma guerra, devido às divergências desde há muito existentes no interior do PAIGC. 13 de Junho — Nino Vieira e os seus amigos senegaleses anunciaram que a rebelião estava a ficar sob controlo, mediante a ocupação dos quartéis de Brá, nos subúrbios da capital. Mas isso não se confirmou. 14 de Junho — Tanto a Gâmbia como a Líbia manifestaram a intenção de servir de medianeiras no conflito guineense, que também tinha a ver com o apoio que muita gente na Guiné-Bissau desde sempre dera aos separatistas da província senegalesa de Casamansa, irritando assim as autoridades de Dacar. 15 de Junho — O Centro de Medicina Tropical de Bissau, pago pela cooperação portuguesa, foi destruído pelos combates. A França enviou tropas para a protecção do seu embaixador. 16 de Junho — Pela segunda vez foi anunciado que os rebeldes estavam a perder posições na área de Brá; mas a verdade é que eles continuaram activos entre essa zona e o aeroporto internacional de Bissalanca, a uma dezena de quilómetros da capital. 18 de Junho — O Senegal, com alguns milhares de homens distribuídos entre a fronteira de Casamansa e a área de Bissau, na "Operação Gabú", pretendia fazer crer que estava a ganhar a guerra contra os militares guineenses revoltados contra Nino Vieira. 22 de Junho — A imprensa europeia começou a compreender que a rebelião mobilizara grande parte dos militares guineenses, muitos deles balantas, deixando o Presidente quase que exclusivamente dependente do apoio do Senegal, que tinha pretensões de ser uma potência regional, com influência desde a Mauritânia às margens do rio Gêba.

Bissau: a ajuda orçamental de Angola

Angola a accordé (em Agosto do ano passado) au Guiné-Bissau une aide budgétaire de 12 millions de dollars en échange du projet d'une société Angolaise pour l'exploration minérale de bauxite, dans le sud du Guiné. Comme il a annoncé, dans Bissau, le Ministre de Géologie, Mines et Industrie d'Angola, le gouvernement d'Angola va soutenir de «forme plus incisive la société à réaliser leurs objectifs dans le Guiné, pour le bien des deux pays et cette aide va arriver sur l'exploration de la bauxite, amélioration du port de Buba et des chemins de fer». Une ligne de crédit de 25 millions des dollars qui devront être utilisées pour soutenir des initiatives d'entrepreneurs des deux pays, lesquels prétendent investir dans le pays, aussi a été annoncée par le Ministre Angolais. Par ailleurs le secteur de la communication sociale a été abordé par les autorités Angolaises, qui préparent le rétablissement des transmissions télévisées de la Télévision du Guiné-Bissau, qui n'émet pas à plus de deux mois.

Bissau: as bauxites do Boé

A Guiné-Bissau e Angola assinaram em Outubro de 2009 um acordo de exploração conjunta da bauxite na região de Boé (sudeste), próxima da fronteira com a Guiné-Conacri, anunciou então o ministro dos Recursos Naturais guineense. "Este projecto vai gerar recursos financeiros suplementares e contribuir para a melhoria da balança de pagamentos da Guiné-Bissau", disse Soares Sambu, afirmando que se trata dum projecto extremamente importante para o futuro do país. Por seu turno, o ministro das Obras Públicas angolano, Higino Carneiro, que se deslocou a Bissau para assinar o acordo, indicou que o projecto permitirá reforçar as relações de amizade e de cooperação entre os dois países. À margem da cerimónia, Soares Sambu declarou à imprensa que vai ser criada uma sociedade anónima de capital comum, acrescentando que a empresa Bauxite Angola vai conceder ao governo guineense 13 milhões de dólares (9,4 milhões de euros) depois de determinados os prazos de pagamento pelas duas partes. O ministro guineense adiantou que a sociedade terá três accionistas, nomeadamente uma empresa pública guineense, com 10 por cento das acções, uma outra angolana, com 20 por cento, e a Bauxite Angola, com os restantes 70 por cento. Soares Sambu lembrou que a Bauxite Angola assinou um memorando de entendimento com a Guiné-Bissau para a exploração de bauxite na região de Boé, e precisou que a empresa vai comercializar e explorar o mineral e será autorizada a explorar outros minerais do subsolo do país. Segundo o ministro guineense, estima-se que as reservas de jazidas de bauxite na região de Boé atinjam as 110 milhões de toneladas, confirmadas já deterem a categoria "C1C2", numa margem de sondagem de 100 metros por 100 e de 200 metros por 200.

Bissau: o grande porto de Buba

Construir um porto de águas profundas e uma via rodoviária e extrair bauxite na Guiné-Bissau são os engajamentos assumidos em 2010 pelo governo angolano num projecto inaugurado oficialmente pelo Chefe de Estado guineense. Dentro de aproximadamente três anos (o que apontava para finais de 2013), a Guiné-Bissau vai dispôr do maior porto da sua história, no braço do mar que banha a cidade de Buba, no Sul do país, com 18 metros de profundidade e capacidade para receber, em simultâneo, três navios de porte até 70 mil toneladas cada (ao contrário do porto da capital, Bissau, com apenas capacidade para navios de dez mil toneladas). A construção do porto de Buba faz parte de um grande projecto de exploração do minério de bauxite na região Leste do país (Boé), sendo o seu escoamento a ser efectuado através de uma via rodoviária que ligará Buba-Minhíme, a ser construída em duas etapas de 18 e 12 meses consecutivos. Após duas dezenas de anos de expectativas nulas de financiamentos de organismos internacionais, devido à instabilidade permanente da governação do país e à falta de confiança por parte dos parceiros externos, a concretização desta gigantesca obra vai ser, finalmente, possível graças ao envolvimento directo do Estado angolano no seu financiamento, com a comparticipação das autoridades da Guiné-Bissau. A empresa Bauxite Angola é a entidade a quem foram concedidos, desde Setembro de 2007, os direitos de prospecção, exploração e de processamento do minério antes da sua exportação, num prazo de 25 anos renováveis, sob a supervisão do Ministério dos Recursos Naturais e Ambiente guineense. Empresa considerada pioneira em Angola na prospecção e extracção deste mineral, a Bauxite Angola foi estabelecida por uma pasceria de capitais públicos e privados angolanos e estrangeiros. A coordenação da execução das obras do sub-sector portuário estará a cargo de uma empresa brasileira, a Aprebras, enquanto as obras da estrada de escoamento do produto, desde Munhime a Buba, serão executadas pela Arezlci, uma firma libanesa fixada na Guiné-Bissau desde há uma década. Na sua trajectória, a estrada atravessará partes das regiões do Sul (Quinara e Tombali) até ao Leste (no Boé). Durante a cerimónia do lançamento oficial da primeira pedra das obras, foi destacada, das palavras do Chefe de Estado Nino Vieira, a particularidade de o financiamento ter vindo de urna iniciativa de solidariedade por parte de Angola, "país irmão de história e de sangue", com a participação de empresas brasileira e guineense, numa clara alusão aos imperativos de novas apostas na valorização, reforço e consolidação da cooperação entre os países do Sul. Por outro lado, o projecto é apresentado como uma oportunidade para uma maior integração nacional, devido a dinamização da produção e circulação de mercadorias comerciais entre as populações de diferentes do leste e sul do pais e, por outro lado, para a integração sub-regional africana, devido ao favorecimento do escoamento de produtos a partir das regiões dos países vizinhos encravados em zonas de difícil acesso ao mar (o Mali e as zonas noroeste da vizinha Guiné-Conacri). Segundo Bernardo Campos, presidente do Conselho de Administração da Bauxite Angola, o posicionamento geográfico favorável da via rodoviária a partir de Boé e do futuro porto de águas profundas está na base do interesse manifestado pelas autoridades da vizinha Guiné-Conacri em activar o plano outrora congelado de exploração do minério de bauxite na região mais próxima e seu escoamento para o estrangeiro através de Buba. Um sinal considerado de reforço de confiança para a empresa angolana é o facto de ter já sido apontada também como a possível executora das operações de extracção deste minério no país vizinho. Em documentos da Bauxite Angola pode-se ler que no domínio ambiental a empresa vai actuar na impermeabilização das bacias de decantação nas áreas mineiras, reposição de solos, reflorestamento, controlo e defesa da fauna local e na sensibilização da população quanto à necessidade de protecção do meio ambiente. Com sede em Luanda, a empresa emprega cerca de meia centena de trabalhadores.

Bissau: Bauxite, fosfatos e petróleo

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, que em breve volta a Angola, disse em Novembro de 2010 que o seu país possui "importantes reservas" do bauxite, fosfatos e petróleo e que conta com o sector privado local e dos países lusófonos para promover a economia. O primeiro-ministro guineense fez este anúncio no seu discurso de abertura da Semana de Negócios da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), em Bissau. Ao apresentar as potencialidades de negócios na Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior declarou que, além da vantagem de pertencer aos mercados sub-regionais africanos, com cerca de 300 milhões de potenciais consumidores, o país possui as suas próprias potencialidades. "O nosso potencial agrícola e pesqueiro é conhecido, mas o país possui igualmente importantes reservas do bauxite, fosfatos e petróleo", disse Carlos Gomes Júnior. O chefe do governo guineense destacou ainda as potencialidades no sector do turismo para apelar os empresários locais e lusófonos a apostarem na Guiné-Bissau, enaltecendo sempre a perspectiva do mercado potencial no âmbito da União Monetária Oeste Africana (UEMOA) e da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental). De acordo com Carlos Gomes Júnior, o facto de a Guiné-Bissau ser membro das duas comunidades levou a que a sua moeda seja estável - o Franco CFA, com paridade ao euro - e a uma inflação situada abaixo dos três por cento.

Mali: tudo está em causa

Il ne fait aucun doute, aux yeux de nombreux observateurs de la crise malienne, que les événements de lundi mettent à mal l’accord signé dimanche. « Il nous a semblé que les efforts diplomatiques conduits par la Cedeao ont été mis considérablement en danger par ces derniers développements. Il faudrait peut-être considérer maintenant d’autres voies », a ainsi déclaré lundi soir à RFI l’ambassadeur de France à l’ONU, Gérard Araud. L'agression (de que foi vítima o Presidente interino Dioncounda Traoré) « remet en cause tous les acquis qui allaient dans le sens de la normalisation », a affirmé à Radio France Internationale (RFI) Djibrill Bassolé, chef de la diplomatie burkinabè et médiateur de la Cedeao. « Il est évident que les entraves que l’on enregistre vont très certainement nous amener à envisager d’autres mesures beaucoup plus fermes ». Le travail de la médiation ouest-africaine est rendu d'autant plus délicat que le ministre ivoirien de l'Intégration africaine, Adama Bictogo, qui était en charge du dossier pour le président Alassane Ouattara a été limogé mardi 22 mai, suite au nouveau scandale des déchêts toxiques, révélé par Jeune Afrique.

Bissau: golpistas ficam com ministério da Defesa

Guinea-Bissau's military junta says it has handed back power, six weeks after staging a coup that derailed presidential elections. But correspondents say the army remains influential - and the transitional government includes as defence minister one of the coup leaders. A regional peace force has started deploying to help bring stability. No elected leader in nearly 40 years of independence has finished their time in office in the tiny West African state. Handpicked Under a deal brokered by Ecowas, the West African regional bloc, elections are to organised in a year and more than 600 peacekeeping troops are to be stationed in the country. A 27-member cabinet under Prime Minister Rui Duarte Barros includes two army officers. The defence minister is Colonel Celestino Carvalho, who was one of the putschists, while Musa Diata - a colonel who did not participate in the coup - has been named as junior minister for veteran affairs, the AFP news agency reports. Correspondents say that the coup leaders also handpicked Interim President Manuel Serifo Nhamadjo. Faustino Fudut Imbali, a former prime minister, is in charge of foreign affairs. None of the members of the government ousted in the 12 April returned to the new cabinet, which has agreed to reform the civil service and the security forces. BBC

Egipto: principais candidatos presidenciais

Ahmed Shafiq, a former commander of the air force and briefly prime minister during February 2011 protests Amr Moussa, who has served as foreign minister and head of the Arab League Mohammed Mursi, who heads Muslim Brotherhood's Freedom and Justice Party Abdul Moneim Aboul Fotouh, an independent Islamist candidate

Bissau: Cadogo visita Luanda

O primeiro-ministro da Guiné- Bissau deposto no golpe de Estado de 12 de Abril, Carlos Gomes Júnior, deve chegar dentro de dias a Luanda, no prosseguimento do esforço diplomático que desenvolve “para a reposição da legalidade democrática no país”. Em Lisboa desde quarta-feira, juntamente com Raimundo Pereira, o presidente interino deposto, Gomes Júnior disse em declarações à Lusa que, a partir de agora, os dois irão actuar em separado, pelo que seguirá para Luanda “logo que tenha luz verde”, acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do governo deposto, Mamadu Djaló Pires. “Faltam ainda uns contactos, mas seguirei para Luanda logo que tenha luz verde, com o ministro Djaló Pires, o mais tardar na próxima semana”, afirmou o chefe do Governo eleito e deposto da Guiné-Bissau. Sobre o destino de Raimundo Pereira, Gomes Júnior nada concretizou, limitando-se a referir que estão a ser feitos contactos e que haverá “mais iniciativas a nível diplomático para o restabelecimento da legalidade democrática na Guiné- Bissau”, o que inclui o regresso à ordem constitucional vigente a 11 de Abril, anterior ao golpe militar. NOVO JORNAL

22.5.12

Bissau: o "Governo" de Rui Duarte Barros

Decreto-Presidencial número 09/2012 Sob proposta do Primeiro-Ministro de Transição, Visto o disposto nos artigos 2, n,4 e 5 do Pacto de Transição Política de 16 de Maio de 2012, em conjugação com o artigo 4 do Acordo Politico de 18 de Maio de 2012, o Presidente da República de Transição determina o seguinte: Artigo 1 – O Governo de Transição tem a seguinte composição: a) Dr. Fernando Vaz, Ministro da Presidência do Conselho de Ministros, da Comunicação Social e dos Assuntos Parlamentares; b) Dr. Faustino Fudut Imbali, Ministro dos Negocios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades; c) Piloto-Aviador Celestino de Carvalho, Ministro da Defesa e dos Combatentes da Liberdade da Pâttia; d) Eng. António Suka Ntchama, Ministro do Interior; e) Dr. Vicent Pungura, Ministro da Educação Nacional, Juventude, cultura e dos Desportos; f) Dr. Agostinho Cá, Ministro da Saúde Pública e Solidariedade Social; g) Dr. Mamadú Saido Baldé, Ministro da Justiça; h) Senhor Daniel Gomes, Ministro dos Recursos Naturais e da Energia; i) Dr. Abubacar Demba Dahaba, Ministro das Finanças; j) Dr. Degol Mendes, Ministro da Economia e Integração Regional; k) Dr. Fernando Gomes, Ministério das lnfra-estruturas; l) Dr. AbubacarBaldé, Ministério doComércio,da lndústria e Valorização de Produtos Locais; m) Dr. Malam Mané, Ministro da Agricultura e das Pescas; n) Dr. Baptista Té, Ministro da Administração do Território e Poder Local; o) Dr. Carlos Joaquim Vamain, Ministro da Função Pública, do Trabalho e da Reforma do Estado;

Explicações de um diplomata

A profundidade da decepção deve ser sempre produto da ponderação das variáveis que, surrealistamente ou não, queira-se ou não, impactam a realidade. Não existe um corpo unívoco chamado Conselho de Segurança. Nele estão 15 Estados e em cada um destes multiplicam-se as alas dos que lá não estão. Nele se reflectem interesses e objectivos muito díspares neste caso concreto, o que nenhuma novidade devia ser em sede de análise atenta. Profundamente decepcionante, no contexto hipertenso em que decorreram as quase 20 horas de negociação, seria não haver resolução e sanções, o que mantém uma porta em contra-corrente com o que é imposto in loco. O Conselho de Segurança faz o pouco ou o muito que o equilíbrio interno permite, algo por demais conhecido e que não permite decepções profundas, por mais que muito se quisesse e fizesse, e muito se fez e se quis, por um resultado mais além. Quanto aos 5 e não 6, a posição mais frutífera é tentar saber porquê e não assumir como verdade imediata que o CS decidiu eliminar da lista o Mário Có. Assim que dirimidos os porquês, ele para lá irá em tempo apropriado e em boa companhia. (assim me explicou um diplomata português a ineficácia do Conselho de Segurança das Nações Unidas no caso da Guiné-Bissau)

21.5.12

Bissau: amnistia para os golpistas

Bissau - Um grupo de partidos políticos com e sem representação parlamentar, comprometeram-se a adoptar, na Assembleia Nacional Popular, uma lei de amnistia a favor dos autores de golpe de Estado de 12 de Abril. A decisão consta de um «Acordo Político» assinado esta sexta-feira, 18 de Maio, em Bissau, por 25 dos 30 partidos políticos que, se posicionaram a favor do golpe de Estado, desde o início. Entre as partes signatárias do documento, nomeadamente o Partido da Renovação Social (PRS) e o Partido República da Independência e Desenvolvimento (PRID), os presentes comprometeram-se a colaborar «empenhadamente» com as autoridades judiciais a serem criadas na clarificação das exacções e assassinatos ocorridos no país desde a aprovação da última lei da amnistia. O efectivo retorno dos militares aos quartéis e a sua subordinação ao poder político, colaboração na «remoção» de obstáculos às reformas nos sectores de Defesa e Segurança são, entre outros, compromissos assumidos pelos partidos que saudaram o golpe de Estado. Relativamente à Comissão Nacional de Eleições (CNE), este grupo de partidos defendeu a questão do reforço dos estatutos da independência da CNE, atribuindo-lhe competência para concepção, organização e tomada de decisões na execução do recenseamento eleitoral biométrico, assim como na emissão de cadernos eleitorais. Em relação à escolha do Presidente da CNE, as partes decidiram confiar este cargo a um magistrado do Supremo Tribunal de Justiça ou do Tribunal do Círculo que vai ser eleito pela Assembleia Nacional Popular. Das atribuições do Governo, os signatários comprometeram-se a normalizar a administração pública, as reformas do aparelho do Estado, auditorias das contas do Governo de transição e do Governo derrubado, bem como a adopção de um programa de emergência para a retoma de actividades económicas e financeiras e a revitalização do sector privado. Cientes do impacto negativo do golpe de Estado, os partidos apoiantes da sublevação militar na Guiné-Bissau falaram na necessidade de formulação e execução de medidas que visem o «restabelecimento das instituições da república» junto dos cidadãos, de países e dos parceiros de desenvolvimento. O documento assinado também pelo Comando Militar e a ANP, termina com as declarações de que os Governadores regionais e administradores sectoriais serão nomeados mediante uma partilha entre os apoiantes do golpe que não foram nomeados como Ministros ou Secretários de Estados. Sumba Nansil (c) PNN Portuguese News Network

20.5.12

Visita cubana a Kinshasa

Cuban Vice-president Esteban Lazo Hernandez arrived in Kinshasa in the evening of Thursday, May 17, on 4-day visit in the Congolese capital. Not coincidentally, Hernandez's arrival occurred on the 15th anniversary of the fall of Kinshasa to Mzee Laurent Kabila's forces and their Rwandan and Ugandan allies. Hernandez and Joseph Kabila held talks in the morning of Friday to discuss bilateral "commercial relations" and cooperation in the areas of "education, health, electricity," the Cuban vice-president told the press as he emerged from his meeting with Kabila. Friday afternoon, Hernandez stood wreaths at Mzee Kabila's mausoleum and at the foot of Patrice Lumumba's monument. A state dinner, hosted by Prime Minister Matata Ponyo, was to be given for the Cuban vice-president Friday evening. Joseph Kabila visited Havana for the first time in September of last year, flying in from New York where he'd attended the UN General Assembly. Kabila had a stopover in Havana to unveil the bust of his father, Mzee Kabila, at the Parque de los Próceres Africanos [Park of African Heroes].

19.5.12

Bissau: Nigéria e Angola em confronto

C’est une partie d’échecs à coups de pétrodollars et de blindés. Les joueurs sont les deux plus importants producteurs d’or noir en Afrique. D’un côté le Nigeria, géant démographique fort de ses 160 millions d’habitants mais fragilisé par une situation quasi-insurrectionnelle dans le nord musulman. De l’autre, l’Angola dont les ambitions dépassent l’Afrique australe, et qui dispose d’une des armées les plus puissantes du continent. Un pays de 19 millions d’habitants dirigé d’une main de fer depuis 33 ans par Eduardo Dos Santos. Au milieu, la petite Guinée-Bissau et ses 1,6 million d’habitants coincés entre le Sénégal et la Guinée. Souvent présenté comme le premier narco-Etat africain tant le trafic de cocaïne sud-américaine en transit vers l’Europe y a pris de l’ampleur, l’ex-colonie portugaise compte parmi les Etats les plus pauvres du monde. Le coup d’état militaire du 12 avril en Guinée-Bissau, entre les deux tours de la présidentielle, s’explique en grande partie par l’hostilité d’une partie de l’armée à la présence d’une importante mission militaire angolaise dans le pays, perçue comme la garde rapprochée du Premier ministre sortant Carlos Gomes Junior, qui était en passe de devenir le prochain président de la République. La Mission militaire angolaise (Missang) s’est déployée en mars 2011 dans le cadre d’un accord technique entre Bissau et Luanda qui remonte à octobre 2010. Angolais trop visibles Au début, elle ne comptait que 200 hommes. Mais ses effectifs ont progressivement augmenté, pour atteindre plus de 650 hommes. De l’armement lourd a en outre été acheminé. Bref, la Missang était de plus en plus visible dans les rues de Bissau, au grand dam d’une partie de l’armée qui n’hésitait pas à la considérer comme une force d’occupation. Mais, au début, les autres partenaires internationaux n’étaient pas mécontents de voir un pays africain autant s’impliquer dans la résolution d’une crise africaine. Comme le souligne l’ONG International Crisis Group (ICG) dans un rapport publié en janvier, « pour la première fois peut-être dans l’histoire des interventions internationales en Guinée-Bissau, un acteur s’impose qui dispose à la fois de ressources financières formelles et informelles significatives, d’intérêts économiques réels, d’une ambition diplomatique, d’une légitimité historique et d’une petite force militaire sur le terrain ». Mais à l’approche des échéances présidentielles, la trop grande proximité entre les troupes angolaise et Carlos Gomes Junior a commencé à créer des tensions, qui ont culminé avec le coup d’Etat. Lors des troubles de décembre 2011, dans quelle ambassade étrangère s’est réfugié le Premier ministre? Celle de l’Angola. Où sont casernés les soldats de la mission militaire angolaise? Au Bissau Palace Hôtel, qui est … mitoyen du Palacio do Governo, c’est-à-dire la Primature. Après le putsch du 12 avril, l’Angola a bien essayé, avec le soutien de l’ancienne puissance coloniale, de rester en Guinée-Bissau. Elle a milité pour le déploiement d’une force de maintien de la paix, sous contrôle de l’ONU, et notamment composée de la Communauté des pays de langue portugaise (CPLP). Contrer l’influence française Créée en 1996 et basée à Lisbonne, cette organisation regroupe toutes les anciennes colonies du Portugal (Brésil compris) mais aussi l’ancienne métropole. Dans la crise bissau-guinéenne, Luanda et Lisbonne sont sur la même ligne et soutiennent activement Carlos Gomes Junior. En Afrique francophone, la CPLP est souvent perçue comme faisant contre poids à l’influence de Paris sur le continent africain. Mais la tentative angolaise de maintenir une présence militaire a échoué en raison de l’opposition de la Communauté économique des Etats d’Afrique de l’Ouest (Cédéao), actuellement dirigée par le très francophile président ivoirien Alassane Ouattara, soutenu par le géant nigérian. Ce sont les troupes ouest-africaines qui vont se déployer en Guinée-Bissau et pas celles de la CPLP. Le Nigeria, avec ses alliés ivoirien et burkinabè, a gagné une manche dans sa lutte d’influence qui l’oppose sur ses terres ouest-africaines à l’Angola. Le Nigeria a dans le passé envoyé ses hommes, dans le cadre de forces militaires régionales, au Liberia et en Sierra Leone. Elle s’apprête à le faire au Mali. L’Afrique de l’Ouest est son pré-carré, sa démographie et son économie « écrasent » ses voisins, elle dispose en outre de l’armée la plus puissante de la région. Abuja et Paris se sont récemment rapprochées, comme le confirme la visite réussie de l’ancien ministre français des Affaires étrangères Alain Juppé au Nigeria en novembre. Les deux capitales ont une approche commune sur les crises régionales. Axe Abidjan-Ouagadougou Cette communauté de vues a permis l’élection en février d’un tandem francophone à la tête de la Cédéao: l’Ivoirien Alassane Ouattara à la présidence, le Burkinabè Kadré Ouédraogo à la présidence de la Commission. Un axe Abidjan-Ouagadougou, avec la bénédiction d’Abuja et de Paris. Le Nigeria et le Burkina fournissent sans surprise les plus importants contingents de la force ouest-africaine en Guinée-Bissau. L’armée ivoirienne, en pleine restructuration, n’est pas du voyage. Du moins pour l’instant. Mais le président ivoirien n’a pas oublié que Dos Santos a été le dernier allié de son ennemi juré Laurent Gbagbo, lors de la crise post-électorale de début 2011. A l’époque, l’Angola et l’Afrique du Sud soutenaient une solution négociée, aboutissant à un partage du pouvoir entre Ouattara et Gbagbo, s’opposant à la France et au Nigeria qui défendaient la légitimité acquise dans les urnes de Ouattara. Là aussi, Luanda avait essuyé un revers diplomatique. Sans pour autant abandonner ses ambitions ouest-africaines. A noter également que le Sénégal, autre allié de la France dans la région, goûtait assez peu l’installation de militaires angolais à ses frontières méridionales, près de la région toujours instable de Casamance. Bauxite guinéen Mais Luanda, dont les troupes doivent quitter la Guinée-Bissau le 30 mai, continue d’avancer ses pions dans la région. L’Angola a signé en mars 2011 un accord de coopération dans les domaines de la géologie et des mines avec la Guinée-Conakry, premier producteur mondial de bauxite et où des réserves de pétrole ne demandent qu’à être exploitées. Le président du conseil d’administration de la puissante société Bauxite-Angola est Bernardo Campos. Selon ICG, c’est un ancien de Diamang et d’Endiama, deux compagnies publiques angolaises actives dans le secteur du diamant. Il a également fait partie des services de la présidence angolaise. En 1958, la Guinée-Conakry avait dit « Non » à la France de de Gaulle. En 2012, elle pourrait bien dire « oui » à l’Angola de Dos Santos. Adrien Hart WWW.SlateAfrique.com

Bissau: Nigéria, Burkina e Senegal

A military force being deployed to stabilise Guinea-Bissau after an April 12 coup will be drawn from Nigeria, Burkina Faso and Senegal, the west African bloc ECOWAS said on Friday. “The Economic Community of West African States (ECOWAS) standby force will be composed of 629 men and women,” said ECOWAS representative Ansumana Cisse. “Nigeria is sending the largest contingent of 300 men,” of whom 140 are police and 160 soldiers,” he said. “Then, Burkina Faso will provide 140 paramilitary police, 73 of which arrived Thursday.” The rest of the Burkinabe contingent will arrive Saturday night, he added. “Senegal hasn’t given us an exact figure yet but, according to projections, they will send a military engineering company which will repair certain barracks, and a team of doctors,” Cisse said. The ECOWAS force will replace a 600-strong Angolan mission, whose presence prompted soldiers to carry out the coup in the middle of an election process, with the rebel forces claiming the foreign soldiers were conspiring with the government against them. Guinea-Bissau’s army and state have been in constant conflict since independence in 1974, resulting in coups, counter coups, political assassinations and chronic instability which has seen cocaine trafficking flourish. Cisse said the new troops, would provide protection for the Angolans as they prepare to withdraw on May 29, and then the force would protect all politicians in the country. “No one will have to fear for their security, it will be normal for all — even those who are hiding in embassies or other places afraid for their lives,” said Cisse.

18.5.12

Bissau: uma decepcionante resolução da ONU

O Conselho de Segurança das Nações Unidas encorajou hoje a CEDEAO "a continuar os seus esforços de mediação" na Guiné-Bissau, em coordenação com a ONU, a União Africana e a CPLP. O Conselho decidiu que todos os países tomem medidas para evitar a circulação do general António Indjai, do general Mamadu Turé, do general Estêvão Na Mena, do general Ibraima Camará e do tenente-coronel Daba Naualna. Fora isto, o Conselho pouco mais fez, não tendo dado nenhum mandato a qualquer força internacional para intervir na Guiné-Bissau, nem dito especificamente que Raimundo Pereira deveria reassumir as funções de Presidente Interino. A sensação com que se fica ao ler as seis páginas do documento que é esta resolução é a de um grande vazio. Palavras, palavras, palavras, para encher papel e nada de muito forte, que ajude a resolver em três ou quatro dias, a grave crise que desde há cinco semanas se vive na Guiné-Bissau. ... E daqui a 15 dias o secretário-geral Ban Ki-moon que apresente mais um relatório, a dizer como é que as coisas estão a andar! ---- Verdadeiramente irritante.

Alassane Ouattara desmascarado

Guy Labertit, ex-délégué Afrique du Parti socialiste français et compagnon de route du mouvement de démocratisation du continent, commente l’élection à la tête de la CEDEAO d’Alassane Ouattara, un homme qui dirige pourtant un pays sous perfusion économique et sous tutelle politique. Et dont le régime se fourvoie dans l’arbitraire et la mauvaise gouvernance. A l’issue du dernier sommet des chefs d’Etat de la Communauté économique des Etats de l’Afrique de l’Ouest (CEDEAO), qui vient de se tenir à Abuja les 16 et 17 février 2012, Alassane Ouattara en a été élu le président en exercice. Même si l’on peut penser que le tour de la Côte d’Ivoire était venu, ce n’est pas un mince paradoxe que de voir charger un chef d’Etat des différents problèmes de l’ensemble ouest africain alors que la situation dans son propre pays, la Côte d’Ivoire, est pour le moins précaire. Ses meilleurs alliés dans la sous-région sont, ou ont été récemment, contestés, que ce soit Abdoulaye Wade, candidat discuté à la présidence du Sénégal, à 86 ans officiels, ou Blaise Compaoré, à la tête du Burkina Faso depuis vingt-cinq ans et qui rêve d’un nouveau bail en 2015 ! Les crises aigues se multiplient dans la sous-région avec la déstabilisation des pays du Sahel, liée à une politique aventureuse de la France, de la Grande-Bretagne et de l’Otan en Libye qui a éliminé Kadhafi, au nom de la démocratie, mais réduit à néant l’Etat dans ce pays livré à des milices antagoniques sans projet politique. Le Nigeria se déchire à travers les velléités indépendantistes dans le delta du Niger riche en pétrole au Sud et l’irrédentisme meurtrier de la secte islamiste Boko Haram qui veut chasser les chrétiens du Nord du pays. Au regard de la gestion de ces questions brûlantes, comment le nouveau président de la CEDEAO aura-t-il le temps de se consacrer aux immenses tâches qui l’assaillent en Côte d’Ivoire ? A moins qu’il ait choisi de déléguer ses affaires domestiques à ses puissants alliés extérieurs et aux institutions internationales. Cette politique de fuite en avant a quelque chose de surréaliste. Les commentaires des spécialistes africanistes qui évoquent le double axe Côte d’Ivoire/Nigéria Côte d’Ivoire/Burkina Faso au sein de la CEDEAO prêteraient à sourire si le peuple ivoirien ne continuait de vivre un cauchemar. La Côte d’Ivoire est un pays dont l’ensemble des cadres de l’ancienne majorité présidentielle, qui représente la moitié de l’électorat, sont en prison ou en exil. Après sept mois d’enfermement inhumain à Korhogo, malgré les tristes déclarations de l’ancien secrétaire général de l’ONU Kofi Annan (photo) qui le disait bien traité suite à la mascarade organisée pour sa visite en compagnie de Desmond Tutu et Mary Robinson, le Président Gbagbo est détenu à La Haye par la Cour pénale internationale (CPI) depuis le 30 novembre 2011. Le procureur Ocampo n’a toujours pas communiqué à la défense les charges qui motivent cette détention et n’a inquiété aucun des cadres du régime actuel pourtant directement impliqués dans des crimes de guerre et crimes contre l’humanité depuis la fin de l’année 2002. A signaler qu’en attendant l’audience de confirmation des charges du 18 juin, Laurent Gbagbo bénéficie d’une aide judiciaire pour organizer sa défense. CAMEROONVOICE.COM

Bissau: tempo de perseguições

Following the coup d’état, the military officers were looking for the Members of the Government, leaders of the PAIGC, regional governors and personalities linked to political leaders, including the Justice and National Election Commission representatives in order to arrest them. As regards, they have still mostly hidden in the embassies, in Bissau. Other is circulating during the day but overnight they sleep in homes of others randomly. Ø As a consequence, many houses were looted, assaulted and vandalised. Ø Many companies linked to government members were looted also. Violation of Freedom of assembly and freedom of expression Ø A march was organized by a group of youth and was then violently dispersed by the military. At least one demonstrator was seriously injured with his leg slashed with a bayonet by the military. About 30 youth started the march at a March intersection of the city and increased to around 150 people. Since this first demonstration took place, the military command warned citizens that similar actions are strongly prohibited and those who do not respect this rule will be severely punished. Ø On the other hand, in the first days of the coup, private press and national TV had been closed. Then, after the reopening, the military command conditioned the broadcasting of local radios and the national TV. Journalists were persecuted and other were even detained and brutally injured by the military command officers. Illegal and arbitrary detentions and torture Ø Many people have been persecuted, illegally and arbitrary arrested by the militaries such as the former prime minister, the interim president of the republic, some military officers, singer Dulce Neves. Ø Torture of the Military Fodé Cassamá Secretary for War Veterans and his two collaborators as well as the singer Dulce Neves. Violation of the right to property Ø Many Vehicles of members of the government were expropriated and according to information received, the perpetrators are trying to sell the vehicles in the neighbouring countries Huge flux of people to the regions Ø A big number of people were seen moving from the capital, Bissau, to the countryside in order to run away from the current political/military crisis and also because of their fear of possible armed conflict. However, the situation in the regions is very critical and marked by serious limitation in terms of basic social services and security. Situation in prisons and detention centres Ø The living conditions of detainees in prisons and detention centres in general have deteriorated considerably and a crisis over an insufficient food had to be dealt with as an emergency, through private donations by three organizations. Sanitation conditions at the have deteriorated due to lack of cleaning materials and temporary support is being provided through private donations. Medical care is also urgently needed although the established Protection Group is doing whatever possible to guarantee trough partnership those medical services are provided. Freedom of movement Ø Following the coup d’etat, the military command ordered several time to close the borders of the country (air, sea and land). Due to this fact people were obliged to remain in the country against their will. Ø In the last days, a list of 57 people, including members of the government and other authorities were prohibited to travel abroad until further instructions given by the military command and the minister of Justice and President of Supreme Court of Justice were forbidden to travel due to that list Social and economic rights Ø Ø Public Administration has paralysed, in particular, social and basic services, in particular schools, hospitals working in part-time with several limitations in terms of resources (human and material). Ø The water and power supply have not been delivered in a regular basis and most of the population had been prevented from potable water which could lead to several cases of contagious diseases such as cholera, which is very frequent during the raining season. Ø Due to the general paralysation of the state administration, Public workers salary has not been paid in April and the same scenario is likely to occur in May. This situation has had a huge negative impact in the purchasing power of the population and in the economic and financial environment. Ø Since the cashew nuts campaign is considered the main economical activity of Guinea Bissau, the coup d’état has impacted negatively in the success of the activity which will aggravate food crisis in the country, especially in the regions. Ø Recebido de Jorge Lopes Queta

A história suja da bela Dominique

Il y a des histoires qu’on n’efface pas d’un revers de la main ou par une élection volée avec la complicité de la communauté internationale. Président ou pas, Alassane Dramane Ouattara a commis dans ce pays des crimes. Sa femme aussi. Notre silence a facilité ces forfaits mais notre mutisme ne pourra pas les absoudre de ces crimes pour lesquels ils devront tôt ou tard rendre des comptes. Tout cela commence avec les Fadiga. L’oncle et le neveu : Mr Folloroux, l’époux légitime de Dominique Nouvian se suicide par dépit lorsqu’il découvre que sa femme est la maitresse de son patron Mr Vamoussa Bamba alors Directeur général de l’enseignement technique. En fait, Bamba Vamoussa n’était qu’un marchepied. Ce que visait la petite juive, c’était l’ARGENT et uniquement l’ARGENT. Elle savait de source certaine que Bamba Vamoussa était le neveu d’Abdoulaye Fadiga, premier Gouverneur Ivoirien de la BCEAO après avoir dirigé la CAISSTAB pendant de nombreuses années. Alors qu’elle n’était qu’une petite secrétaire à l’ambassade du Canada à Abidjan, son but premier était de faire fortune. Son aspiration au pouvoir ne vient que plus tard, tout à fait par hasard et nous l’allons montrer maintenant. Contrairement à une certaine vérité répandue par les mauvaises langues d’Abidjan, ce n’est pas Vamoussa Bamba qui fait ‘’la passe’’ à son oncle mais bien la veuve joyeuse Dominique Folloroux qui s’agrippe à la chance de sa vie en mettant le ‘’grappin’’ sur le tonton Abdoulaye Fadiga qui ignorait tout des relations coupables de son neveu avec cette dame entreprenante. Comme chacun le sait dans ce pays, Abdoulaye Fadiga était pour tous un modèle. Et comme c’était un modèle, il a emmené Dominique Folloroux dans sa famille à Man avec la permission de sa première épouse et procédé aux cérémonies nécessaires pour qu’elle devienne sa seconde épouse. Devant le respect que l’on devait à ce grand homme en Côte d’Ivoire et ailleurs, tout le monde s’est empressé de recouvrir d’un voile pudique et protecteur cette curieuse union. Mais Dominique Folloroux quoi qu’on dise est une cartésienne. Pour des raisons évidentes, sa communauté ne peut s’accommoder d’une telle situation alors qu’elle sait tout. Dominique Folloroux met alors son premier plan diabolique en marche. L’un des deux hommes doit disparaitre. Le sort désigne Abdoulaye Fadiga parce qu’un fait nouveau vient troubler l’ordre des choses. Au cours de ses nombreux voyages à Dakar pour voir son homme, Dominique Folloroux rencontre Alassane Dramane Ouattara conseiller, vice-gouverneur, ami et petit frère d’Abdoulaye Fadiga. Faut-il parler de coup de foudre ? Bien sûr que non ! C’est une étincelle qui flambe dans sa tête. Au lieu d’emprunter un gouverneur aussi amoureux soit-il, il vaut mieux ‘’fabriquer’’ celui qui peut mener loin. Alassane Dramane Ouattara a le profil, Dominique Folloroux la volonté politique et l’ambition. Abdoulaye Fadiga meurt subitement d’une cirrhose du foie alors qu’il n’a jamais bu une goutte d’alcool. Les Fadiga constitue une grande et puissante famille en Côte d’Ivoire. Pourtant c’est Alassane Dramane Ouattara, le petit mossi, qui dirige les obsèques d’Abdoulaye Fadiga à Man au grand dam de tout ceux qui ont effectué le déplacement. Ce que les gens ne savaient pas alors c’était que l’effronté petit Burkinabé avait déjà chaussé les bottes de son généreux patron. Exit Abdoulaye Fadiga. Alassane Dramane Ouattara prend la place d’Abdoulaye Fadiga et l’aventure amoureuse et politique continue avec Dominique qui devient maitresse du jeu par un concours extraordinaire de circonstances. Elle vient de rencontrer Félix Houphouët Boigny. Vamoussa Bamba est devenu ministre mais qu’est-ce qu’un ministre quand on vise le sommet et la fortune. Il faut effacer le passé dont on n’est pas fière. Vamoussa Bamba disparait à son tour frappé subitement par une cirrhose du foie. A ce stade je peux affirmer deux choses : Vamoussa Bamba non seulement est un bon musulman mais il ne boit pas d’alcool. Ensuite, j’ai été choqué par la soudaineté de sa mort. Je lui parle vendredi au téléphone avant une mission qu’il devait effectuer à Paris et j’apprends le mardi suivant à midi que l’homme est décédé. A aucun moment il n’avait été dit qu’il était malade. Le mode opératoire est à l’évidence le même. Exit Bamba Vamoussa. C’est encore Alassane Dramane Ouattara devenu gouverneur en titre de la BCEAO qui conduit les funérailles du neveu après avoir pris la place de l’oncle. Voici désormais, Alassane Dramane Ouattara seul sur le bateau Dominique Folloroux avec la banque en prime ! Et de surcroit, Dominique a trouvé enfin le partenaire, le ‘’tocard’’ idéal. LE PRESIDENT FELIX HOUPHOUET BOIGNY La rencontre de Dominique Folloroux avec le Président Félix Houphouët Boigny produit un choc électrique chez le ‘’vieux’’ qui en devient amoureux au-delà de toute raison. Tout le monde à Abidjan et à Paris le savait, même si aujourd’hui chacun fait semblant de l’ignorer par opportunisme ou par couardise. Dominique Folloroux a fait probablement de Alassane Dramane Ouattara le nouveau gouverneur de la BCEAO à Dakar mais par la suite, elle l’a surement fait Premier Ministre de la République de Côte d’Ivoire. Nous savons par habitude que lorsque Dominique Folloroux a simultanément et publiquement deux hommes il y en a un qui disparait forcément de manière bizarre. Et voici ‘’notre vieux’’ qui tombe malade. Jamais nous n’avions vu ça. A par ses yeux qui portaient les signes de la durée, Félix Houphouët Boigny n’était jamais malade. Il se payait même le luxe de se faire examiner à l’hôpital des ‘’biens portants’’ en Suisse et cela faisait sourire à l’époque. Mais cette fois, le ‘’vieux’’ tombe vraiment malade… sérieusement. Une vilaine prostatite. Quand il décide de se faire opérer par le Professeur Bernard Debré à l’Hôpital Cochin à Paris, il est déjà trop tard. Alassane Dramane Ouattara a déjà eu le temps et le loisir de lui ravir totalement Dominique comme il l’a fait avec Abdoulaye Fadiga. Ce petit mossi qui n’a pas froid aux yeux a osé demander la main de Dominique au ‘’vieux’’. Félix Houphouët Boigny grand seigneur lui a répondu ce que tout le monde sait maintenant : ‘’ Je te donne la femme mais je garde la confidente.’’ Il en a beaucoup souffert. Ceux qui se réclament de Félix Houphouët Boigny et de son parti devraient le savoir. Le vieux est mort à Paris. Dans un dernier geste d’impuissance, il a tout juste eu le temps de dire à son médecin qu’il ne voulait pas des fleurs que Dominique et Alassane Dramane Ouattara lui avaient fait porter. Exit Félix Houphouët Boigny. DJARAMINANJARA.WORDPRESS:COM

A rica senhora Dominique Ouattara

Dominique Claudine Folloroux Nouvian Ouattara est propriétaire en nom propre de deux appartements de 126 m2 l'un et 142 m2 l'autre au 140, avenue Victor Hugo. C'est l'un de ces appartements qu'elle occupe avec son époux quand la seconde est habitée par son fils Loic Folloroux. Ces biens immobiliers sont évalués à neuf cents millions de Fcfa , soit 48 millions pour le premier et 52 millions pour le second. Sous le nom de Dominique Nouvian, son nom de jeune fille, Mme Ouattara est également titulaire d'une propriété dans le Sud de la France, à Mougins (06) sur le front de mer au 598 chemin Pablo Picasso, référence cadastrale CD 26. Bâtie sur une superficie de 6.495 m2 avec piscine. Cette résidence qui est une propriété privée de Mme Ouattara est estimée à plus de 12 millions FF, soit 1,2 milliard de Fcfa; la taxe foncière à 28.306 FF (2 millions 830 mille 600 Fcfa) et la taxe d'habitation à 44.295FF (4 millions 429 mille 500 Fcfa). C'est dans cette maison que réside le couple Ouattara et l'on ne peut savoir à ce jour si elle a été cédée ou non à l'ancien premier-ministre. La vérité, c'est qu'il n'y a aucun document attestant qu'il en est le propriétaire. Toujours au titre des biens immobiliers, les renseignements français signalent une maison à Sanary sur mer, propriété des parents de Dominique Nouvian, qui revient à la famille Ouattara, d'une valeur estimée entre 2,5 et 3 millions, soit 250 à 300 millions de Cfa. www.koffi.net -- Isto eram dados conhecidos antes de Alassane Dramane Ouattara ter conseguido chegar à Presidência da Costa do Marfim